terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Sempre sobra 1

Num italiano corrido, ele articulava sobre a simplicidade da vida e das pessoas.

"É como um sinal de trânsito. As cores estão lá puramente por decoração. Bem, talvez alguns fracos se deixem guiar pelo que os outros dizem - isto é, amarelo igual a pisa fundo ou freia; vermelho igual a pare. Mas não ligo, para mim as cores só estão lá para tirá-los do caminho. São tão significantes, tais pessoas e as cores, quanto você".

Hm... não sei até que ponto - retirando-se a delicadeza italiana - isso é verdadeiro. Perguntei a ele sobre se amar alguém.

"Amar alguém como? Há vários tipos de alguém, de amor não. No meu país falam que existem inúmeras maneiras de se demonstrar o amor, mas eu discordo. Amar é estar conectado em alguma esfera, de alguma forma, em alguma hora. A frequência e intensidade sim, dependem... mas dá tudo na mesma. Agora quanto às pessoas, ok. Quem você ama? Saber disso é mais importante do que amá-la em si".

Bem, ela é...

"Pode parando. Se você acha que a conhece, então está tudo terminado. O amor e a admiração crescem conforme se conhece alguém. Você admira o que já conhece nela e respeita seus defeitos?"

Sim.

"E tem dúvidas do quê? Ou é medo?"
Não sei bem.
"Ah, male... se for medo das cores do sinal mudarem, eu vou ignorar. Você só precisa ter dúvidas se vai pisar fundo ou freiar. Esta é a única incógnita."

P.