domingo, 19 de setembro de 2010

Bem[,]claro!

Da última vez que falei sobre isso, contava os minutos, os dias e os meses. Não tenho mais meses para contar. São apenas mais algumas semanas, e aquilo com que eu contei o ano inteiro não chega. Tudo irá ficar para trás, vida, pessoas, raízes... conto para ela tudo isso, e bem, não ouço comentário algum. Tive dificuldade em falar coisa alguma essas semanas, vocês bem veem que eu não venho aqui mais como antes, talvez possa explicar usando um conto aqui e um pocket ali, mesclando opiniões próprias com acontecimentos semanais em forma de energia. Mas provavelmente poucos de vocês irão realmente compreender algo - por razões já explicadas neste blog antes - então seria interessante, ao menos uma vez, ser direto.

Eu amo uma garota que não me ama. Age como quem sim e diz "como não(?)". Mas disso vocês já devem saber, há alguns meses. Eu venho passando a abominar incomensuravelmente qualquer tipo de culto a algo ou a alguém, e luto para não deixar meu pensamento anti-radicalismo se tornar radical contra eles. Sobra para os gnomos verdes, que assistem lacônicos e brincalhões ao molde de minha personalidade às pressas, e ainda precisam carregar o título de criadores quando são apenas criaturas. Mas disso vocês também já sabem há alguns dias.

Sem tempo para reflexão pessoal e interior, saturado de tanto conteúdo e relações absolutamente distintas, não sobra tempo para digerir razões e expressões, de voltar a desgostar de matérias mal exploradas e que te fazem perguntar: como alguém não enxerga algumas coisas e discute esse tipo de baboseira? Eu simplesmente deixo de ser humano para ser mais humano do que nunca fui. O conflito do que realmente somos em essência sempre foi levantado, e disso vocês sempre souberam, mas isso só é feito porque as perguntas realizadas são impróprias. Não importa o que é ser humano por definição, porque definições são tolas e vaidosas. Somos humanos quando conseguimos pensar unicamente e rejeitar tudo o que os outros homens acreditam e fazem, mas se nos excluímos desse grupo absoluto para criar outro, estamos criando nada além de mais um grupo humano, diferente dos outros. A tolice de se reunir em religiões ou ideologias lhe desune do resto das pessoas. E talvez disto vocês só estejam sabendo há alguns minutos.

Venho deixando-me mudar por causa dela, mas não por ela. Por mim. Por minhas ações, não pelo meu bem. Já que meu bem está tão perto há tanto tempo, mas o que é realmente o meu e nosso bem, nem mesmo os meses que me fugiram conseguem contar...

P., fica sempre bem, meu bem.

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