Sabem aquelas pessoas que não têm coragem de encarar a realidade? Uma vez conheci um cara tolo o suficiente para acreditar que poderia fazer tudo o que quisesse sem algum tipo de penalidade. Não considerava aquela ideia de destino punitivo, em pagar o que aqui havia sido feito; era simples desejar ter o que pudesse e, o que ainda não lhe pertencia, conseguir. Ele perguntava aos outros se era um problema ser tão expansivo e querer tudo para si. Moralmente não é. Mas toda espada possui sua bainha, e não importa o quão afiada seja, ela precisa de algo que possa pará-la.
O que parou sua tolice foi o erro de querer não somente tudo, mas todas. Mesmo mudando de cidades, de identidades e de passados, seu caráter continuava construindo as mesmas impressões - e após algumas muitas decepções, sempre se tornava tarde demais. A confiança perdida. Apaixonou-se uma, duas, três vezes em curto tempo. Assistiu às desconhecidas tornarem-se amigas e deixarem-no sozinho. E não importava quem ele tentasse usar para preencher o vazio, no fundo ele estava somente usando alguém... era apenas mais uma repetição dos outros erros.
Restou dizer a ele, que realmente as coisas que se faz não necessariamente serão pagas, mas quem sofreu tais coisas dificilmente irá esquecê-las... e quando se trata de mulheres, elas não irão esquecer. "Quem muitas quer, acaba sem ninguém".
P., encarando a realidade.
(Título do texto copiado da música de mesmo nome, da banda Envydust).
Nenhum comentário:
Postar um comentário