sexta-feira, 14 de maio de 2010

Semana de indigestão

Tudo continua muito indigesto para mim. Pensei que houvesse melhorado. Mas parece que não. Nenhum refúgio serviu sozinho ou acompanhado. Filosofia que não explica humanos, cabelos longos que não dizem nada sobre os homens e fé, que te mostra parâmetros de ninguém. Todas essas, que acompanham alguns que se sentem sozinhos, que dão solidão aos que estavam acompanhados, no meu caso, de nada adiantaram. As semanas se findam como um violino que escorrega sempre da mesma forma, que desafina, e volta a tocar da exata mesma maneira.

É complicado olhar para sextas-feiras e reconhecê-las em todos os outros dias. Afinal de contas, elas são dias de avanços e mudanças positivas, ao menos é o que minhas companhias deixaram de si mesmas comigo. Mas o que realmente ficou em mim é notar que tudo permanece da mesma forma, doendo e indigesto, onde toda insistência em mudança provoca esse tipo de refluxo interminável.

Resta vomitar tudo isso que eu tento engolir há alguns meses, talvez seja o que me atordoe e cause náuseas, então talvez eu fique bem. Mas aí significa que eu terei desistido de tentar arrumar alguma companhia novamente, e só me restará as três de sempre, só que esses cabelos não têm quem eu mais preciso. E se eu me livrar de tudo pode ser que piore, porque tudo já pode ser eu mesmo e eu nem percebi ainda, ou por não conseguir admitir, fique tudo tão indigesto assim...

P., (em semana de infecção estomacal), insisto, desisto.

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