Falo com a certeza da saudade que me aperta de dois lados: saudades dos que estão longe e saudades dos que ficarão longe. Essa mesma certeza, por incrível que pareça, difere-se bastante daquela de uns 5 anos, quando eu pensava já ter entendido tudo de saudade. O que se posteriorou em meses de tristeza e melancolia, parece agora se anteceder em meses de medo e tristeza. Em comum, com aquele garoto de 5 anos atrás, apenas a tristeza. Talvez nem tão comum assim, mesmo que muitos sintam, é diferente de mim, que sinto agora por muitos... Mas o medo é novidade, nem tão recente, mas o de perder sempre havia sido tão ausente...
Engraçado por não chegar a ser medo de perdê-las, é de perder o que elas têm comigo, de nos perder. É de perder nós. Mesmo que isso signifique reconquistar vocês. Quem me dera poder ser plural sempre, podendo me incluir nas pessoas que eu bem quisesse. Quem me dera poder me conjugar como desejasse, sendo nós e vocês. Gostaria de saber até quando conseguirei ser eu em primeira pessoa e em primeiro lugar...
P., ouvindo "Eskimo" - Damien Rice, fica aqui a frase da música:
"I look to my eskimo friend
When I'm down, down, down."
Amei e odiei
ResponderExcluirAcredite, a saudade chega em forma avassaladora de medo, mas depois de um tempo, você vai precisar dele.
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