domingo, 11 de abril de 2010

Do Tártaro...


"Quando abre sua mente ao impossível, às vezes, encontra a verdade."

"Impossível saber a verdade sobre algumas coisas."

Bem, foi o que me disseram hoje. Eu resolvi não concordar nem discordar com nenhuma das duas, vejam bem, essa foi uma semana difícil, de grandes dores. Tentem ler a série de textos que irei postar livres de crenças, discriminações ou pré-noções. Leiam com o fundo de seus corações, já que engraçados somos nós, seres que atribuímos mente ao coração, sentimentos à razão e ainda brigamos com as duas coisas. Dispam-se de sua humanidade. Impossível?
Quem sabe não encontremos a verdade.

Ontem, tive a infelicidade de percorrer o Tártaro consciente. O que na verdade me parece ser o motivo daquilo tudo, e que se torna bem contraditório, já que após alguns anos você começa a perder sua consciência e a se tornar qualquer outra coisa, menos um humano. Sabe, aquelas suas emoções que você tanto gosta? Vão todas embora.

Sentei ao lado de um rapaz, devia ter uns 40 anos de Hades (depois de uns cinquenta e poucos, até mesmo sua aparência vai embora, e não sobra nada além de uma fina camada luminosa), então ainda havia um pouco daquela imbecilidade humana em seus olhos, algo do tipo "vamos organizar um hell break", mas, como nós gostamos, suas palavras contradizeram o que seus olhos diziam:

- Eu não quero perder minhas emoções... se isso ocorrer, me tornarei um crápula de verdade... não que eu seja lá essas coisas, você sabe, ninguém vem aqui por acaso, mas eu ainda me arrependo e esse tipo de coisa, e o que eles fazem aqui é inumano, eles transformam almas de homens em pedras sem sentimentos...

Eis aqui o Tártaro. Lugar de sofrimento eterno, de privação e destruição das emoções, onde apenas sua consciência e razão continuam presentes, para que você possa sentir cada dia como uma eternidade de tempo... Eis aqui o Tártaro.

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