quarta-feira, 28 de julho de 2010

Lar doce lar

Desde que deixei a paisagem árida e gélida da Patagônia - com caminhos demorados de ônibus e orquestrados por "Alibi", do 30 Seconds to Mars - sinto-me mais vazio do que antes. Uma terrível sensação de quem não consegue mais fazer poesia. Parei de cantar algo que não seja "I fell apart"... mas eu sempre erro o "but got back up again". Ultimamente sigo apenas fazendo piadas em poucas linhas, com caracteres e sentimentos reduzidos. Meus olhos não têm encontrado um olhar há vários meses, e é muito difícil ter de evitar a sua sensação preferida.

Em breve estarei de volta à minha casa, que depois não será mais casa... lar então, estou longe de encontrar. Não fora de mim. Mas comigo. Começo a sentir falta de um lar com outra pessoa. De olhar não para olhos fechados e pálpebras se movimentando rápidas, mas para um olhar que retribua o que penso. Aberto e sincero.

P., curtindo os últimos momentos de férias inesquecíveis, mas que dentro de mim convivem margeando as mesmas ideias de passadas...

Nenhum comentário:

Postar um comentário