terça-feira, 22 de setembro de 2009

Som, luzes, câmera e lua nova.

Segunda feira à noite, aqui deste lado,
Está um tanto agitado para mim.
Som alto, luzes apagadas e uma lua nova
Que um tanto me lembra seu sorriso.
Tudo o que eu posso ver agora são as luzes amarelas da solitária rua lá de baixo e ter terríveis lembranças daquelas velhas noites em claro.
O relógio parado marca o início do fim da minha noite, se é que você me entende.
Eu espero que não.

Hoje vamos dar passos um pouco mais firmes,
Depois me diga se você gosta.
E você disse: ''Por mim tudo bem,
Eu vou a qualquer lugar.
Sim, eu disse qualquer lugar.''
O que mais eu posso dizer?
Estamos aqui faz um bom e longo tempo
E nada ainda me aconteceu.

O esplendor de um solo de guitarra, um sorriso
E todo aquele romantismo implacável,
Ou mesmo a falta dele.
Isso não me impede de nada.
E agora, eu ainda me encontro com o cheiro de cigarro de uma outra pessoa,
Misturada com a fumaça do ônibus lá fora e um pouco do seu cheiro natural,
Mas eu não ligo.

Acho que vou sair daqui agora.
Ir para um lugar onde há boas comidas e grandes amores.
Suponho que ficarei bem,
O copo ainda não se partiu,
A taça de vinho ainda não foi tomada,
A imaginação alertou que não, em nenhum lugar,
Longe ou perto daqui.

O tal lugar nem existe mais.
Faz tanto tempo desde que eu fui visitá-la,
Talvez você não seja mais a mesma.
Não da mesma maneira,
Não com o mesmo fulgor,
Nem no mesmo endereço.
Não mesmo.
E agora eu me despeço com um grande gole de vinho, sobrevivendo das luzes para fora da minha janela,
E além disso, não há nada que preencha toda essa minha falta de brio agora.



B. (em noite fria)

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