Por onde eu ando tenho sempre duas pessoas que me acompanham. Tenho o exótico e o corriqueiro. Tenho o raro e o comum. Tenho o caro e o barato. O barato de ser quem eu quiser ser. Em ser o que qualquer um pode, mas que ninguém nunca será. Eles não são por que não querem. Eu tento dizer a eles. Escutam mas não me ouvem. Assim como fazemos com todos. Vemos mas não enxergamos. "I see you".
Ela não vê. Ela sente. Eu não sinto. Eu penso.
Droga de viver a vida que não era pra ser a minha, mas que há muito tempo virou.
Ok, isso não está justo. Aqui é um único planeta de vários mundos. Entendam "mundos", como pensamentos, como vidas dentro de uma própria existência. É, quando se viaja você olha pra direita e aquele cara não está mais lá. Na esquerda, idem. Onde eles foram?
O exótico e o corriqueiro? O raro e o comum? Caro e o barato? Quando você viaja pra onde veio, deixa de esquecer quem foi, mas não sabe mais quem é. É essa confusão da sua realidade que cria seus mundos. Se lá eles tomam açaí como água, aqui tomam como o filhote daí. Se aqui você encontra feijão bom em qualquer lugar, aí é impossível. O cupuaçu de cada dia de Belém é o novo cosmético caríssimo da L'occitane. Há diferenças enormes, em cultura e valores (ainda bem), mas há congruências. Há "Avatar" em ambos. Arrisco que em todos os lugares. O planeta que tentam deixar igual sempre será composto de vários mundos. E por mais que você se sinta estranho ao lugar que estiver, não se preocupe: vocês são todos do mesmo mundo. Mas que o seu planeta é diferente dos de todos, ah... É!
P., pocket post, já nem ligo mais, as coisas que eu ligava não estão mais em meu mundo.
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