A garota do Hawaii estava procurando um refúgio, um lugar onde ela pudesse amar, um lugar onde um golpe de pincel mostrasse nada mais do que mil sorrisos. Ela não sabia usar um violão, então ela cantava, a banda a acompanhava em ritmo não tão esquematizado mas ainda assim conseguia soar bem. Já a garota de San Francisco, bem, ela sabia que podia pôr tudo em risco mas mesmo assim sabia que era amor, só não sabia onde podia amar. Ela não sabia se era Hawaii ou San Francisco.
A garora de San Francisco era pura e nada além de sangue corria em suas veias. A garota do Hawaii tinha malícia e o mundo em suas mãos. As duas eram maduras o suficiente para tomar uma decisão. A garota de San Francisco teve seu último declínio e finalmente voltou a suspirar. A garota do Hawaii voltou a amar e rezava para não esquecer de respirar novamente. Elas decidiram que o mais sábio era quem sabia se amar em primeiro lugar.
Aquela não foi a sua primeira nem última música. Aquele não foi o seu primeiro nem seu último amor. A garota do Hawaii e a garota de San Francisco voltaram a dar beijos ardentes. Sim, ela sempre foi uma só, e daí por diante várias outras começaram a surgir. Ela não seria para sempre a garota de San Francisco, muito menos só a garota do Hawaii, ela será a garota de onde for preciso.
B.
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